Biografia de Nany Schaedler


Biografia

Nany Schaedler inicia a construção de suas percepções estéticas na infância vivida em comunidade alemã, no sul do Brasil, a partir de uma visão cultural européia, vivenciada cotidianamente em um cenário de objetos e costumes de seus antepassados, preenchido pela sonoridade do idioma Deutsch.

Na década de 80, transporta-se para o norte do Brasil, nas entranhas da Amazônia, na busca de intensificar seu trabalho de assistente social nas comunidades locais. Num momento mágico, na boca da mata, encontra um grupo indígena com pinturas no corpo e rosto... nem respira ao deparar-se, face a face, com um índio. Dois mundos. Pára o tempo! Duas bagagens culturais imensas se contemplam.

Na área urbana, Nany encontra outro índio, desta vez sem as pinturas de luta e sem rumo, com uma filha doente nos braços. Trata e recupera a pequena menina. Seu pai retira do próprio pescoço um colar de fiadas de canutilhos de tucumã, que nascem das mãos das índias amazônicas, e a presenteia com aquela obra de rara beleza. É uma peça da tribo URU-EU-WAU-WAU.

Atraída pelo novo conceito estético, Nany Schaedler inicia as atividades de design em jóias artesanais, inserindo elementos da joalheria clássica aos insumos da floresta, materializando e inovando o encontro atemporal de dois universos distintos por meio da fusão desses elementos. Tem sua formação em Design Estratégico pelo IED – Instituto Europeu de Design. Participou de exposições pelo Brasil e na América Latina.

Amo toda a magia do meu trabalho, que envolve desde incursões à floresta, na companhia de mateiros, para localizar sementes especiais e contatar agrupamentos indígenas, até a materialização de inspirações envolvendo esses elementos.

A Biojóia é, para mim, muito além da utilização de sementes na composição de jóias. É colheita de formas da natureza, transcendência, vôo entre ícones e civilizações.

Gotas de chuva – gotas de pérolas. 
Culto às belezas ocultas: 
sementes que velam e revelam, 
sementes amazônicas das quais brotam sonhos. 
Mescla do antigo e novo mundo. Inusitada, surpreendente. 
Raízes da Amazônia sustentando o céu. 
Continentes, relevos, rochas, céu de estrelas, cristais, água, vendaval...


Parabéns nany, nós te admiramos!



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